quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bye bye, baby

Esse é um post de despedida... Despedida de 2009, ano que cá pra nós (ou pra mim) foi bem chatinho, e termina de maneira não esperada. Mas também despedida do blog. Ele já está meio abandonado mesmo e acho que vocês nem passam mais por aqui.

O fato é que uma fase se encerra junto com o DoMeuMundo. Ele foi muito importante na minha vida durante esses 2 anos. Foi meu companheiro de viagem, de aventuras, de amarguras,... Dividi tudo com vocês: risos, lágrimas, angústias, tristezas, alegrias, e bobagens do meu dia a dia.

Aprendi a enxergar meus dias de outra forma, tirando sempre alguma coisa para compartilhar com vocês. Como um dever de casa mesmo. Fosse em casa, no supermercado, na praia, no trabalho, alguma coisa tinha que valer a pena registrar aqui.

Independente de quem lesse, se comentariam ou não, era meu.

Foi necessário para mim. Só para mim. Mas não faz mais sentido.

Fiz amigos por aqui, deixei amigos distantes um pouco mais próximos, desconhecidos sabiam mais de mim do que conhecidos. Bisbilhoteiros idem. Exercitei minha escrita, imaginação, criatividade, mas já deu o que tinha que dar.

Agora minha vida será compartilhada com quem está próximo de mim de verdade. E se você não está, é só se aproximar. Quer saber de mim? Me liga!

"Não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais."

Que vocês tenham um 2010 brilhante, como vai ser o meu! Um ano em que idéias brotarão, planos sairão do papel, sentimentos novos nascerão, e só o que é importante vai realmente importar.

Com carinho,

Anna

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Black out is the new black

Estou escrevendo no escuro, ou melhor, a luz de velas. Acho que não tenho lanterna, mas as velas estavam mesmo carentes... Assim como aqui em casa, parte do Brasil está no breu.

As notícias chegam pelo celular. Achei que era só minha casa, depois o Leblon. Em seguida veio notícias de Botafogo e da Lapa, contando que em Niterói e até Búzios tinham apagado. Opa! São Paulo e Curitiba também.

Estava no banho quando a luz piscou e caí na gargalhada porque há 4 anos moro nesse apartamento e de uns meses pra cá sempre que chego em casa e acendo a luz penso “Nunca queimou uma lâmpada aqui em casa.” Achei que tinha chegado a hora.

Saí do banho no escuro e vi que tudo estava apagado. Como tive um problema no quadro de luz no mês passado, pensei que tinha desarmado o disjuntor (é assim que escreve?) Mas vi que os prédios vizinhos também estavam.

Peguei um pijama no tato e já comecei a pensar “O que é que eu vou fazer sem luz? Não tem internet, TV, não dá pra ler... Mas tem o iPhone – enquanto durar a bateria. E queria fazer comer alguma coisa mas não dá pra ligar a sanduicheira nem a torradeira. Será que meu fogão ainda funciona? Vai fazer aniversário que não uso nem para esquentar água. Ah! O microondas está quebrando, não que faça alguma diferença já que não tem energia.

A troca de torpedos seguiu frenética e as informações foram sendo repassadas. Enquanto restar bateria. A internet do celular não funciona e pensei com os meus botões que esse é um blackout gerado pelas companhia de celular porque todo mundo deve estar usando sem parar.

E o vizinho grita “Mengo!!!” na janela. O Flamengo está jogando? Como ele está vendo? Ou está só de sacanagem?

Só assim que a gente percebe o quanto é dependente da eletricidade. Tudo bem que em boa companhia um escurinho desses é muito bem vindo, mas... tá chato...

Aí chegam as preocupações com o trabalho. Será que o gerador entrou? Hotel lotado e todo mundo preso dentro dos seus quartos, sem ar-condicionado... Nem vou ligar para saber! Tem um diretor morando lá e cuida disso.

E se não voltar amanhã? Feriado Nacional e prejuízos mil. Ainda bem que a minha geladeira está semi-vazia. Pena que meu sorvete de macadâmia vai derreter. É melhor comer ele agora. Com bolo de maçã da mamãe que eu trouxe do fim de semana. Se tivesse luz e microondas ia ficar melhor ainda...

Só mesmo a falta de luz para me fazer escrever, pelo menos enquanto a bateria do laptop durar.

Eu só durmo com a televisão ligada. Como vai ser? Será que vou conseguir dormir com esse silêncio e escuro?

Agora ouço a vizinha que fala alto no telefone falando mais um monte de nomes de cidades e estados no escuro: Brasília, Goiás, Pernambuco, Bahia... E solta uma gargalhada: “É no Brasil inteiro”

Amanhã já vai ter gente falando que não tem como sediar Olimpíadas coisa nenhuma já que até luz falta.

Já viu que os assuntos estão aleatórios e esse post sem pé nem cabeça mas é falta do que fazer mesmo.

Agora lembrei da Malu, que deve estar lá no meio do Jalapão e nem deve estar sabendo de nada (nem sentido falta do secador de cabelo).

Ah! Vou tirar foto pela janela com longa exposição! Vamos ver como o breu sai na foto.

Acabou passar um helicóptero, provavelmente o Globocop, filmando o escuro., ou as velas acesas...

Os condomínios da Barra devem ter gerador e as madames devem estar no fresquinho assistindo HBO. Ainda bem que pelo menos a chuva deu uma amenizada no calor. Que estufa está essa cidade!

Sodoku e Paciência no computador enquanto ainda tem bateria. Será que eu deveria poupar a bateria? Será que tem mais alguém escrevendo um post sobre o escuro nesse momento? Será que a luz volta?

Ainda bem que o aquecedor é a pilha e pude terminar meu banho...

Eu não gosto de cheiro de vela.

Alguém conversa comigo? Tá chato... Se eu ainda soubesse meditar. Mas não sou nada zen.

Baralho? Alguém?

Se pelo menos o wifi do vizinho funcionasse...

O helicóptero voltou.

Já contei pra vocês que porco não consegue olhar pro céu? Eles não tem pescoço...

Nossa, tá ficando longo isso, né? Ninguém vai ler até o final. Principalmente se a luz não voltar e eu continuar escrevendo essas bobagens aqui.

Ih... minha champagne na geladeira vai ficar choca. Será que é melhor eu beber e celebrar o black out?

DVD no computador não dá. A bateria não vai agüentar nem o trailler.

Quem sabe o nome dos Sete Anões de cor? Dunga, Zangado, Mestre, Atchim, Feliz, Soneca... Sempre falta um!

E a Madonna, nem deve ter percebido o Black out porque tem seu gerador próprio: o Jesus Luz! Infame!!!

Lá se vão 2 horas e nada...

Eu tenho que tentar dormir. Alguém me chama se tiver alguma novidade? Ou quiser brincar?

Fui pra cama e fiquei com medo de algum homem aranha escalar meu prédio e me assaltar. Qualquer barulinho era susto. Voltei.

Será que tem mais gente como eu, pensando esse monte de bobagens enquanto espera a luz voltar?

E você, me conta, o que ficou fazendo enquanto estava no escuro?

(E como esse post está no ar, significa que a luz voltou!)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

100 metros de existência

Um pouco mais de arte que eu gostaria de ter feito... Dessa vez fotografia!

Durante 20 dias o fotógrafo Simon Hogsberg “se plantou” numa ponte em Berlim para fotografar as pessoas que por ali passavam. O resultado disso chamado de “We’re all gonna die” são 100 metros de fotografia e 178 pessoas, cada uma mais interessante que a outra.

Vale a pena ver tudinho aqui e reparar cada detalhe, cada expressão!

(via Update or Die)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Do mundo dela e um pouco do meu

Desavisada

"Faltou você me falar que depois de você, eu teria de implorar por elogios (toda sorte de elogios) como um mendigo implora por comida;

Faltou você me dizer que ninguém mais me amaria incondicionalmente, independente de quem eu me tornasse;

Faltou você me contar que, com exceção de você, o restante das pessoas se importaria com cada um dos meus quilos a mais, com o corte, tamanho e a cor do meu cabelo e com as minhas roupas transadas ou a ausência delas;

Faltou você me avisar que era o último homem que prestava;

Faltou você me alertar que pessoa nenhuma apreciaria tanto as minhas idéias, as minhas ilustrações e mesmo a nhaca de minha comida natureba;

Faltou você me advertir que abraço nenhum seria tão apertado;

Faltou você insinuar que ninguém teria a paciência você teve com minha família, e o amor;

Faltou você me ensinar que amar é permanecer, que a coisa mais fácil é desistir, que só desiste quem não enxerga potencial e que todas as coisas têm potencial;

Faltou você ressaltar que pouquíssimas pessoas conseguem de fato ter fé nas outras, e que a fé que não tinha em deus, você depositava toda em mim;

Faltou você enfatizar que quase todo mundo é covarde;

Faltou você sugerir a impotência que – sozinha – eu sentiria ante cada formulário de banco, cada novidade da Apple e cada vencimento do contrato de aluguel;

Faltou você prever que a partir do momento em que eu partisse, a minha história se dividiria em duas partes: antes de você e depois, e que para o resto da vida eu morreria de saudade da primeira.

Faltou eu gritar que te amo. Mentira, eu gritei. Só não agi de acordo. Faltou você me dizer o quanto isso iria doer."

Da querida Flavia Stefani, uma daquelas almas especiais que entram na sua vida sem aviso prévio com carinho gratuito e compreensão em forma de sorriso.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A gente não quer só comida...

Nova York é assim: arte, cultura, informação e intervenção em qualquer esquina. (Além do consumo, claro!)

E no mesmo dia, depois de visitar uma galeria super bacana e o meu sempre favorito MoMA, fiquei pensando na arte, na sua subjetividade, na sua profundidade ou superficialidade, mas principalmente na arte que conversa comigo, fala a minha língua. Fala, lê e escreve. E cheguei a uma conclusão bem simples para classificar a arte que eu gosto:

Aquilo que eu gostaria de ter feito; e/ou
Aquilo que eu gostaria de ter na minha casa.

Fora isso, que me desculpem os experts, os marchands, etc, mas não me ganha.

Essa regra serve para qualquer tipo de arte, inclusive música, poesia, fotografia...

E nesses dias esbarrei muito com "o meu tipo de arte", relembrando músicas antigas e cantando no metrô, ouvindo novas bandas que cantam com a alma (além de todo tipo de instrumento, de violino a serrote), visitando uma exposição de fotos que me arrepiou, ouvindo a história da esquina que viu o beijo mais lindo do mundo, vendo idéias simples e fantásticas em papelarias ou lojinhas de design,...

E antes que acabe a semana, esbarro com um poema que me fez chorar, com palavras que parecem que foram roubadas do meu coração, palavras que eu não escrevi mas queria ter escrito pois são latentes na minha cabeça. (Vou pedir permissão para a autora e publicar aqui)

Eu preciso dessa arte, essa que mexe comigo, como eu preciso de ar ou água para sobreviver. E a cada dia que passa tenho mais certeza disso. Tenho esquecido de "tomar" minhas doses diárias e deixado de ver um pouco as cores e os sons bons da vida.

Note to self: não passar um dia sem a minha dose mínima.

Ah! E para terminar, deixo uma frase que ouvi e que mexeu muito comigo porque nunca tinha pensado nisso: "A música é a única arte que te ataca pelas costas", de Millor Fernandes.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Embarcando

Fiquei devendo um post sobre a minha ida à Paquetá... Faltou tempo e sobrou preguiça para escrever. Estou super envolvida com as pesquisas da minha viagem de férias (tá chegandoooo!) e acabou passando uma semana...

Bom, você já foi a Paquetá? Não? Então vá! Eu nunca tinha ido e não tinha grandes expectativas. Passear em Paquetá sempre foi sinonimo de cafonice, farofada, programa de índio...

Só que tudo isso depende do seu estado de espírito. Se for esperando uma ilha do Caribe, esquece! Se for esperando uma cidade charmoso como Búzios, esquece! Se estiver esperando uma viagem no tempo para uma pacata cidadezinha do interior, vai fundo!!!

Paquetá na verdade é um bairro do munícipio do Rio de Janeiro. Uma ilha à pouco mais de 1 hora de barca do Rio. No último domingo do mês, rola chorinho na barca (que continua por lá no Centro Cultural) e é sempre uma data bem mais movimentada.

Meu objetivo era fotografar. Já tinha fotografado na barca no ano passado, mas é sempre muito legal você reinventar o olhar sobre alguma coisa já vista (e registrada). Saiu uma série bem bacaninha em P&B que está no flickr.

Já em Paquetá, eu parecia pinto no lixo. O que tem lá? Nada! rsrs Ruas de terra sem carros, só bicicletas (quase na mesma proporção que a China), charretes (o cheiro de coco de cavalo é predominante), cachorros vira-lata que vigiam os cruzamentos como se não houvesse amanhã, crianças jogando bola,... uma vida sem pressa para acontecer.

Rendeu boas fotos, mas mais que isso uma experiência de sair da loucura da cidade grande para o lugar mais pacato e bucólico que já conheci (até agora...).

Quero voltar, andar de bicicleta, tomar cerveja e comer pastel no boteco, ver o por do sol, como se não houvesse amanhã.

Quem embarca nessa?

Em tempo: tô embarcando em outra viagem! Saio de férias essa semana e Do Meu Mundo fica em recesso. Estarei registrando essa viagem em outro endereço que poucos de vocês vão ler. Peço desculpas mas não vou publicar o link aqui porque perdi o controle de quem acessa esse blog e as vezes a gente não quer se expor taaaanto...

Na volta, prometo contar algumas histórias (sei que vou ter muitas) e com certeza muuuuitas fotos!

Até a volta!

Beijos

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Como é grande o meu amor por vocês


E ele abre os braços e dispara "Quando eu estou aqui eu vivo esse momento lindo...". E assim dispararam todos os 68 mil corações que preencheram cada centímetro do Maracanã numa noite inesquecível.

Inesquecível para mim foi ver a cara da minha mãe ao entrar pela primeira vez no ex-maior estádio do mundo. Inesquecível para mim foi ver o meu pai dando aquela corridinha na rampa como um jogador entrando no campo. Inesquecível para mim foi o longo abraço do meu irmão enquanto eu chorava por 3 músicas seguidas. Inesquecível para mim foi tomar um banho de chuva de lavar a alma e ver a minha família sorrindo encharcada. Inesquecível para mim foi ouvir o chorinho da minha irmã, antes de começar o show, de como ela queria estar com a gente.

Roberto Carlos foi coadjuvante, um detalhe tão pequeno de um presente que eu queria dar para a minha família, mas só aqui entre nós, foi um presente para mim.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

S.O.S

Concluir que precisamos de ajuda e correr atrás dela é um dos momentos mais realizadores que a gente pode se permitir. Pode ser um empurrão de alguém querido ou a própria consciência, as fichas que começam a cair sinalizando que o limite chegou (ou passou).

Às vezes tentamos disfarçar para os outros e para a gente mesmo que está tudo bem, que amanhã vai passar, mas o peso vem mais forte e tirar a fantasia de Mulher Maravilha é um passo de humildade.

Depois do domingo-liquidificador as minhas fichas começaram a cair e ontem foi o dia D. Realizei que estou com problemas e que não vou conseguir desatar certos nós sozinha.

Surpresa! Eu tenho problemas!! Você não sabia?? Talvez porque não tenha perguntado. Talvez porque o "Tudo bem?" passou a ser um cumprimento como "Bom Dia" e não significa realmente que alguém tenha interesse em saber como você está.

Além disso é muito chato alguém perguntar "Tudo bem?" e a gente começar a desfiar um rosário de problemas. Cada um já tem os seus para que encher os ouvidos dos outros? Para isso existem os profissionais, que pagamos (alto) para nos ouvir.

E foi o que fiz hoje. Depois de quase 2 anos de alta, liguei para a minha terapeuta pedindo arrego. Só de ter feito isso as coisas ficaram mais leve (uns 100 gramas) e depois de 2 horas de conversa começo a ter noção dos próximos passos.

Decidi dizer alguns "Nãos", "Não posso", "Não consigo", "Basta"! Me dei essa sexta-feira de folga para ficar comigo, desligar a tomada e o celular, organizar os pensamentos, os sentimentos, os planos, ou simplesmente não fazer nada! Preciso cuidar dessa carcaça já que ninguém vai fazer isso por mim.

Foi bom perceber isso com a cabeça antes que a saúde me desse alertas mais sérios.

O mundo ficou muito pesado para mim.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A lógica das coisas sem lógica

Um domingo daqueles em que nada te traz alegria. Tento a praia, exposição, shopping e nada... Oito da noite e um desejo súbito: milk shake de Nutella. Isso pode salvar o domingo!

Onde posso encontrar um? Onde posso tomar um sem me sentir uma infeliz, sozinha, matando a carência com um líquido venenoso? Talvez seja melhor fazer isso em casa, longe dos olhares penosos que penso poder encontrar.

Ainda na rua, visito virtualmente minha geladeira e tenho certeza que lá habita um pote de sorvete de creme. Só falta a Nutella e... um liquidificador!!!

Isso mesmo, eu não tenho liquidificador. Há quatro anos não uso esse eletrodoméstico (na separação acho que ficou com o ex-marido). Acho que vale o investimento, não só pelo milk shake mas pode ser útil, não?

Lojas Americanas deve estar aberta! Quanto será que custa um liquidificador? Quanto custa um milk shake? O que eu preciso no momento: um milk shake ou um liquidificador? Ou os dois?

Bom saber que depois de quatro anos, eu precisei mais de um liquidificador do que um marido.

Ou será que o que eu precisava era um marido? Talvez se eu tivesse um não precisasse de um milk shake de Nutella. Aí não ia precisar de um liquidificador.

129,90 + 5,99 = final de domingo feliz (e enjoada com 1 litro de droga achocolatada na veia)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu &... Michael?

Minha mãe disse que passou o dia inteiro esperando pelo meu post sobre o Michael Jackson. Expliquei que até pensei em escrever mas não tinha nada para dizer, simplesmente porque não lembro de nenhuma passagem do Rei do Pop na minha infância/adolescência. Poderia inventar um monte de histórias mas nada...

Isso mesmo! Não dancei Billy Jean nem Thriller! Em 82 eu tinha 5 anos! Talvez Bad, em 87. Já disse e repito que tenho problema de memória então... Para não dizer que não lembro de nada, lembro sim do clip de Black or White. Isso foi o que... 1991! Tinha 14 anos! Era fascinada pelas imagens e pela música, mas não tinha You Tube. Não sei onde eu assistia. Já tinha MTV na TV aberta? Não lembro de ter nenhum disco dele. Sei que conheço todas as músicas mas não consigo puxar na caixola de que época vem isso!

Em compensação, lembro bem dos meus outros ídolos, aqueles de comprar revista, disco, ficar namorando a capa... Além de Xuxa, claro, me lembro da época dos Menudos (meu amado era o Robby). Fazia aquelas faixas para a cabeça e dançava "Não se reprima" junto com a minha irmã (que gostava do Rey, se não me engano). Paulo Ricardo, com seu RPM, também habitava meus sonhos e cantava todas as músicas (acho que ainda tenho as fitas cassetes).

Tinha também a Tina Turner (frizava o cabelo junto com a minha prima na tentativa de ficar com "aquele" look) e Madonna (com direito a pinta perto da boca, na época de Like a Virgin e Like a Prayer), com direito a performances com um microfone laranja que também servia para irritar minha avó nos especiais de fim de anos de Roberto Carlos.

No time masculino, tinha também o A-ha (a capa do disco devia ficar melada de tanto beijar a boca do Morten) e o New Kids on the Block, iluminado pelos olhos azuis de Joe. E o impressionante é minha memória guardar as letras das músicas que é só começar que canto inteirinhas, e com as coreografias junto.

Já minha história com Michael não consta em nenhum arquivo desse HD capenga. O que não significa que eu não tenha ficado triste com a morte dele (jurava que era boato quando ouvi a mulher ao meu lado no provador de uma loja dar a notícia, também incrédula). Mas também feliz por estar ouvindo tudo (de novo?) e agora sim escrevendo algum registro sobre o gênio-louco-preto-branco que precisou chocar e se envolver em escândalos durante anos e por fim morrer para terminar esse capítulo-espetáculo da história. História triste, de uma cara infeliz, doente, que deixa muitas dívidas mas uma herança incalculável. História sem final feliz.

E talvez essa história seja similar a de quem viveu na época da morte de Elvis Presley, John Lennon e outras lendas da história da música. Um dia meus filhos vão ouvir falar nele, ouvir as músicas, ver os videos e provavelmente não vão se impressionar.

Mas sua música continua viva. Para mim, mais do que nunca.

(Quando chegar a vez da Madonna vou ter um monte de histórias para contar!)

(Há 24 horas só ouvindo Michael Jackson)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Prepare-se para chorar!

Recebi esse texto por e-mail, dizendo que era um artigo da Revista Exame (não sei se é nem quem escreveu pois não tinha créditos então se alguém souber, por favor colabore).

Tem muito a ver com aqueles drops que deixei aqui na semana passada. Tem a ver com o hoje! Tem a ver com a reflexão de como você está vivendo a sua vida. Se é que você está...

Me derrubou as 14:30 de uma terça-feira furacônica! Que ajude você a mudar alguma coisa na sua vida, pelo menos hoje.

"Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico.

Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios, como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação àaposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento ou quanto às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo.

Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo.

Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem pra dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.

PENSE NISSO !!!"

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Comemore!

Esse é o meu primeiro dia dos namorados oficialmente de coração desocupado, depois de muitos anos. Confesso que é estranho, diferente...

Estranho mas não é um grilo como muitas mulheres por aí que tem essa paranóia de desencalhar, de simpatia para Santo Antonio, de sair para caçar... Sou solteira por opção.

Eu já me casei quando achei que tinha que casar, me separei quando achei que tinha que separar, já amei e fui amada como muita gente (casada ou namorando) nunca foi.

Pretendentes não me faltam (e isso é ótimo para saber que tá tudo certo por aqui). Mas para que repetir padrões que eu não quero mais? Para que perder meu tempo com o que não me aproxima dos meus objetivos? Me divertir com alguma coisa que não vai dar em nada? E ainda correr o risco de me machucar ou machucar alguém?

O que eu busco ainda não tem nome, não tem formato, nem tamanho. Na verdade o que busco eu não busco. O que eu busco vai me encontrar.

Faz falta ter alguém para dormir abraçadinho, ver aquele filme bobo domingo a tarde? Claro! Faz falta ter alguém que te faça ir para a cozinha feliz da vida seja para fazer um banquete ou um misto quente? Sim, faz! Também faz falta beijar na boca, fazer sacanagem, falar bobagem, rir e chorar. Tem um lista enorme de "faltas" mas a gente consegue sobreviver sem isso. Não sei por quanto tempo, mas consegue!

E enquanto isso, estou me divertindo muito, cada dia mais apaixonada por mim, pela minha casa, pelos meus planos, pelas minhas fotos, pela minha família, pelos meus amigos, pela novas possibilidades, pela vida.

Sei muito bem o que eu quero e principalmente o que não quero. Sei o que me faz bem e o que faz mal. E Dia dos Namorados solteira? Não faz mal nenhum... Comprei um monte de presentes para mim e hoje vou comemorar em grande estilo! Tem uma champagne na geladeira esperando por um bom motivo para ser aberta e hoje eu encontrei um!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Drops Duplo

"Só existem dois dias no ano que você não pode fazer nada pela sua vida: Ontem e Amanhã"

Dalai Lama

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Chico Xavier

(não conhecia e quis deixar aqui para vocês - talvez a maioria já conheça mas é sempre bom lembrar de umas verdades tão importantes como essas...)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Poeminha

Quando você tem duas opções tudo fica mais difícil
Quando o difícil é decidir, o fácil é se omitir

Quando se omitir é fácil, o difícil é dormir
Quando dormir se torna uma opção, o difícil é dizer não

Quando amanhecer é esquecer, o difícil é não se perder
Quando se perder se torna uma opção, o difícil é não perder a razão

Quando é fácil entender a emoção, por que é difícil seguir o coração?
Assim só resta uma opção

Paulicéia desvairada

Nasci em São Paulo, mas não me lembro dos 6 primeiros anos de vida na terra da garoa. Acredito que durante a adolescência devo ter passeado por lá, mas também não me lembro. Já tiveram viagens a trabalho, sem grandes registros no HD.

Tá certo que eu tenho problema de memória, alguns dizem que é memória seletiva, mas não acho não... O fato é que minhas lembranças de Sampa são bem recentes, como se eu tivesse conhecido mesmo a cidade há uns 5 anos.

Aí começou uma história de amor com SP. E bota amor nisso! Não... não me apaixonei por nenhum paulista. Mas a cidade serviu de cenário de momentos felizes, inesquecíveis, sentimentos que revivo a cada pouso em Congonhas.

São Paulo também se transformou em problema e solução. Virou sinonimo de hospital, médicos, exames, pontos, UTI e então nasci de novo. Bem perto da data do meu "primeiro nascimento".

Uma nova fase da minha vida começava e a cidade permaneceu no meu caminho. Apareceu como possibilidade de uma nova vida com uma proposta de trabalho recusada. Apareceu com novos amigos (cada vez mais), fotografia e diversão.

Agora me fizeram escolher um time de lá para torcer (como se eu gostasse de futebol)! O "meu" e "então" não me incomodam mais (e já estou fazendo eles falarem "cara"). Já me entendo em certas áreas da cidade. Já puxo papo com taxista. E me vejo até morando lá (apesar de gostar do SPWeekend, sem engarrafamentos!)

E a cada vez que que chego lá gosto mais dos lugares, das pessoas, das inúmeras opções de programas que sempre servem de desculpa para um fim de semana especial. E volto para o Rio uma pessoa diferente.

É, San Pablo... Obrigada por me libertar. Obrigada por transformar meu olhar a cada visita. Obrigada por me fazer ver coisas diferentes em mim mesma e nas outras pessoas.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Eu - versão 414 páginas

Li no blog da Flavita e me deu vontade de fazer também apesar de não ser muito fã de testes! Mas esse é engraçadinho e achei que fez sentido...

É um teste que "revela" que livro você seria (se fosse um): Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.

E olha que chique o resultado:

"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

Vou "me" comprar amanhã e "me" deixar na cabeceira para sempre lembrar disso, principalmente nos dias que o meu olhar não estiver tão doce e poético!

E você, que livro é?